domingo, 15 de julho de 2012

Entrevista com Lelinho

Cantor, compositor, músico e empresário. 
O Connect@som foi a Duque de Caxias para conversar com a nova promessa da música gospel, Lelinho, que está lançando seu primeiro cd, Preço de Sangue.

 
01 – Como você começou na música?
Bem, primeiramente graça e paz pra todos. Olha, desde que me entendo por gente, rsrs, me lembro , com cinco ou seis anos de idade, enquanto minha mãe cozinhava e ligava o rádio alto nos louvores, eu pegava latas e panelas e dois lápis e improvisava minha bateria. Aos dez anos estava tocando com o ministério de louvor na igreja e nas praças. Aos treze aprendi a tocar violão, que meus pais me deram, sou autodidata, e compus minha primeira canção aos doze anos, uma canção bem bobinha.


02 – Quais são suas influências musicais?
Diversas. Só pra citar algumas. No gospel: Michael W Smith, Israel Hilton, Steve Curt Chapman, David Crownder, Amy Grant, Jacy Velasquez, Turday, Jesus Culture. Nacionais: Kleber Lucas, Pregador Luo, David Quilan, Fernanda Brum, Nívea Soares, Resgate, Sinal de Alerta, Rebanhão, Novo Som. Secular: Eric Clapton, Eros Ramazzoti, Lara Pausini, White Snake, U2, Djavan, Samba de Raiz, Luiz Gonzaga.

03 – Você é empresário, compositor e cantor. Como você consegue conciliar tantas funções?
Olha, tenho um projeto daqui a dois anos, em nome de Jesus, de ter uma produtora, um selo independe com meu sócio e maninho Jr Mullen que acabou de ingressar na IATEC. Procuro dosar os convites pras igrejas e eventos e como compositor mando muita coisa via email para cantores diversos no Brasil.

04 – A música gospel, para muitos críticos, não é uma música de qualidade. Como você vê essa questão?
Nessa questão, ela melhorou bastante. O mercado está aí exigindo cada vez mais, porque todo mundo já ouviu de que essa coisa de louvar a Deus é o que importa e tal; ora, se é adorar a Deus aí é que temos que fazer por excelência. Meu próximo Cd será mixado e masterizado ou na Inglaterra ou nos EUA, onde nomes tops da música mundial finalizam seus trabalhos. Tudo que for pra glória de Deus e pra atender a um público ávido por novidades e cada vez mais exigente eu aconselho a fazer.

05 - A música gospel cresceu muito nos últimos anos, apesar das críticas quanto a conteúdo e qualidade. Como se dá esse crescimento? Ele é positivo para as igrejas e para os ministérios? Esse “boom” que colocou a música gospel na moda poderia de alguma forma ser prejudicial?
Assim, isso é uma questão peculiar, muito pessoal, porém muito relevante. Depende do que quer cada artista, banda, fazer com esse espaço permitido hoje na mídia. Se Divulgar? Ou divulgar acima de tudo Jesus, influenciar positivamente mostrando para as pessoas com vida e conduta de adorador, sabe, aí vai de cada um e do nível de espiritualidade e consciência do que é o verdadeiro papel de um artista evangélico na mídia. Se não perder o foco tudo bem. O foco, o alvo deve ser Cristo sempre.

06 – A profissão de músico é muito desvalorizada nos dias de hoje, em face ao preconceito generalizado da sociedade. Como você enxerga esse cenário sendo empresário e músico? O preconceito realmente existe, ou está condicionado a fatores como localidade, família, posição social e outros?
Existe sim. Todos nós, principalmente no início sofremos muito isso; porem isso acaba, ou está condicionado a partir do momento que você ganha status e dinheiro, ou seja, as pessoas acham ou tendem a achar que o sucesso musical é fama e grana, quando há por aí histórias lindas de heróis resistentes anônimos que têm seu público cativo e preserva o amor intacto pela profissão independente de criticas ou de se ter o “grande sucesso”. A indústria americana musical vende e ilude bem as pessoas onde mostra clipes em belos lugares luxuosos, cantores super bem trajados em máquinas importadas rodeados de belas mulheres, só gente linda. Sabemos que a verdadeira música pode levar a isso, mas ela, pra quem a ama, está muito acima dessas vaidades.

07 – O mercado fonográfico sofreu grandes alterações nas últimas décadas, com o aumento da internet. O que essas alterações podem representar, positiva e negativamente? Quem seriam os maiores beneficiados e os mais prejudicados nesse processo?
O ser humano é adaptável a qualquer circunstância e tempo, não está sendo diferente agora pro mercado fonográfico. Minha visão, falando como empresário é que a internet é uma ferramenta poderosíssima de divulgação, a mais eficaz atualmente; só perde pro marketing pessoal, aquele de boca a boca sabe; mas se o artista tiver cuidados e souber aproveitar isso a seu favor, ótimo pra sua imagem e seu trabalho. Se não, todo esse marketing positivo desejado pode se tornar em críticas, chacotas, enfim, como acontecem em alguns casos. No ponto de vista do mercado (empresa e gravadora) como parceria é fundamental usar esse tipo de ferramenta. O maior beneficiado sem dúvida é toda a galera independente.

08 – Quem produziu seu cd? Como foi esta experiência?
Ruan Magalhães é um grande músico e produtor, toca com a nata da MBP e do gospel; produzirá, muito provavelmente meu segundo cd também ano que vem. Um grande profissional e bem criterioso e atento ao que está acontecendo no cenário musical pelo mundo. Glória a Deus por tudo e por ele ter posto esse brother talentoso no meu caminho; tenho aprendido muito com ele.

09 – Qual é a sensação de lançar seu primeiro cd e quais são suas expectativas sobre tal evento, tão marcante para um artista?
Poxa, sensação de alívio depois de três anos sabe, e muitas dificuldades, mas sei que foi importante pro meu amadurecimento como pessoa, como servo de Deus e como artista; tem sido muito boa a repercussão, graças a Deus, pra um iniciante como eu e espero que as canções toquem os corações e levem uma atmosfera de Deus para os lares do nosso Brasil e almas sejam ganhas em nome de Jesus. Minha expectativa comercialmente falando é que este cd seja ponte pra novos caminhos na carreira pra um trabalho ainda melhor pra glória de Deus. Faremos sim, alguns lançamentos simbólicos e comemorativos deste cd atual “Preço de Sangue“, este ano.

10 – Qual sua opinião a respeito da adoração a Deus em todos os ritmos (samba, forró, rap, rock...)?
Olha, acho lindo! Acho que representa a quebra de dogmas, tabus, e religiosidade idiota sabe; tudo que tem fôlego, e se repararem nos salmos, há vários instrumentos citados de corda, percussão, de batuque, enfim. O que importa é adoração sincera, espontânea e independente de um estilo ou ritmo, procurando fazer com excelência pro criador de tudo.

11 – Qual é a importância, para o músico evangélico, congregar em uma igreja, sendo membro freqüente, dizimista e ofertante?
Fundamental! Eu costumo dizer que pra você querer ministrar você tem que ser ministrado, é necessário ser submisso a liderança de Deus e de um pastor e um líder ministerial, posto por Deus sem dúvidas; quanto dízimos e ofertas, é bíblico e legal termos, não só músicos, mas todos termos essa consciência para estarmos debaixo de toda sorte de bênçãos.

12 – como você vê o músico evangélico que trabalha no meio secular?
Olha, quanto ao mercado gospel a verdade é que não respeitam nem um pouco os músicos. Eu sei que por sua vez os músicos devem manter uma postura dentro das igrejas; sei que a imagem não é tão positiva assim diante dos irmãos na igreja; porém a palavra diz que todo obreiro é digno do seu salário. Cabe as lideranças ficarem atentas a músicos sérios de conduta além da questão de ser um grande profissional em si e valorizá-los. Já viu igreja sem música? Ou com um louvor ruim, de péssima qualidade? Que chato! Então se ele tem suas contas pra pagar e não consegue esse apoio financeiro no gospel, nas igrejas, nada mais justo do que, como qualquer outro profissional ir ganhar seu pão de cada dia lá fora; assim como o policial cristão, o médico, o advogado, professor, etc. Mas mesmo tocando lá fora, deve se manter a ética e conduta cristã.

13 – Como sua família e sua igreja receberam o lançamento de seu cd? Eles o apoiaram ou foram resistentes? A reação deles teve alguma influencia na forma como você conduziu seu trabalho?
Abaixo de Deus meu pais são tudo no meu ministério em termos de apoio. Minha igreja também entende meu ministério. Meu pastor Washington da Paz e Vida Caxias 01 (sede regional), meus maninhos de louvor de lá, meus manos da Paz e Vida Sede Nacional em Sampa, Pastor Neilton e Pastora Elisângela me dão maior força até hoje, querem que eu vá lá em Sampa divulgar esse trabalho atual na sede nacional. Bênçãos em minha vida.
14 – Deixe um recado para todos os que curtem seu trabalho e oram pelo seu ministério:
Deus abençoe sempre mais, que saibam que sou ser humano com erros e acertos porem não abro mão da glória de Deus em minha vida; Eu costumo dizer que não quero nem um tiquinho da glória Dele sabe rsrs. Conto com orações sinceras pela minha vida. A minha vida é dele, pertenço a ele porque me comprou com preço de sangue. Saltando, pulando de alegria ou se arrastando, gemendo em meio as dores, fiquem firmes em Jesus. Graça e Paz. ; )

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